sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Levo no coração.




Pegue no colo, guarde, é relíquia.

Nosso amor tá muito mais fácil e chega aos poucos pelo carinho. Não se encontra em embalagens e isso dá preocupação.

Brilho de pára-quedista pra distrair dessa efemeridade. Deus, que com rebeldia eu pague parte dessa dedicação. E que nunca seja tarde pra dizer, pai, tá tudo bem. 


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Healing Power.



É o único amigo por perto e agora apela pro seu poder de cura.

 Refugia-se nos fones de ouvido, ganhando alguma distância do coração circense e brando inimigo. Já entendeu que precisa acreditar nas outras versões pra mesma história e, então, seguir tranquilo.

Por não construir, parece uma fraude, mas faz parte daqueles que entendem as intenções alheias, mesmo que isso seja inventado e o faça de antemão sentir-se enganado, traído.

Não vale a pena lutar por ele, mas não se pode deixar de conhecê-lo.

                                    “O fácil fazer. O fácil perceber. O fácil receber.”

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Tradução



Escolha alguém por quem valha a pena morrer.
Que te ache descomunalmente incrível e por causa disso mude de rotina, cumpra horários, extrapole medidas.

Alguém que se arrisque em passos de dança comprometedoramente bregas, tope músicas desvairadamente toscas. 

Qualquer um desastrosamente disposto, que faça dessa história a tradução exata daquela love song sofrida, ouvida à exaustão na última semana.

domingo, 18 de setembro de 2011

Stop





Só quando eu vi aqueles olhos castanhos, soube onde te encontrar.
Eles realmente deixavam um coração sem respostas e, talvez, nunca ninguém saísse do vermelho daqueles olhos. O que restavam eram vultos.

Sei que já fazia algum tempo, mas, se ela havia conseguido me amar, ele também conseguiria. Era ridículo apelar pro amor de tabela, mas eu não era diferente de um vulto.

Eu já me via ao teu lado, tipo estátua de cera, repetindo sorrisos e preenchendo aquele espaço nas fotos.

E, agora que eu não mais me importo com o final desta novela sem graça, posso rir da minha incrível habilidade em abrir latas usando uma faca.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Nhact!





Eu sou um vampiro, me convide para entrar. O amor são dois furinhos no pescoço.

 E eu vou desejar tudo o que você não puder me dar, tudo o que for só seu. Talvez eu me destrua pra que a gente possa existir.


Não posso evitar a estaca no coração.

NHAC!

domingo, 17 de julho de 2011

( )


                                                                        Eu choro com esse filme.



       Só um bombardeio pra mudar. Então, os muitos pedaços me fariam restituir o controle, mesmo que isso dissipasse toda a fumaça que ajuda a disfarçar a minha tristeza e depois fizesse só mais fumaça, que entraria pelos olhos irritados e encontraria lugar no imenso buraco que surgira no meu estômago, provavelmente causado pela certeza de que o "nós”, só existiria naquele filme bobo, imaginado pra gente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nos corredores.




m red
Harmoniosamente barba, bermuda e brinco. De vermelho só pra ser irresistível, por ali, assombrando o meu caminho. Silencioso convite pra um alargador na orelha.

xadrez
Da tribo dos charmosos de 20 anos, quase nocivo saído de algum filme bobo. A fala com acento combina com a camisa xadrez. desconcertante.

cara B
Jogador de vôlei casual, tranquilidade além do alcance. A tiracolo um sanduíche pra nós dois. A voz no meu celular nas tardes de sábado, avisando da partida pra Venezuela, onde a gasolina é mais barata.
Despedida com um beijo de cerveja.


Continua...

domingo, 5 de junho de 2011

SÓ UM ROSTINHO BONITO.


Eu sou um bom namorado.

Desconfiado, possessivo, barraqueiro. Desfaço planos, destruo filmes favoritos e não divido Passatempo.
Faço drama, ameaço pular de carros em movimento, posso ficar em silêncio pela eternidade. Quase nunca choro e odeio sushi. Sinto muito sono lá pelas onze.

Seus pontos negativos e fraquezas são problemas seus.

AH , ME LIGA.

sábado, 2 de abril de 2011

UNI-DUNI-TÊ.





Deixe lembrar e arder até queimar. Fazer marca no peito.

A gente faz escolhas o tempo todo e ainda é difícil arcar com o depois.

 Depois sem beijo de cerveja ou língua no coração. nem salas profanadas pela nossa sacanagem.


E isso você pode chamar como quiser.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Cisma.



Aquele não foi mais um telefonema e, a gente nem mesmo se quer.
O nome disto é cisma. De que o meu passo combina com o teu e na próxima dança seriamos bons.
Isto já juntou tantos outros casais e comigo não dura mais nem uma chuva.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Like Daniel.



Me come como quem janta, dentes no ombro, falsas confissões.E mesmo ao lado, no banco de trás ou escada acima, não me faz companhia.

Assim segue, numa fila imaginária, encabeçando a lista.

Fico descalço para sentir o chão. Não gosto de ouvir nãos.


 Cercado por um exército de terracota, sigo fiel a mim mesmo.

Assina, Brave Heart.