quinta-feira, 25 de abril de 2013

Controlador.



Vai ser preciso uma tempestade inteira nas costas pra te fazer resolver o que dois rabiscos em bilhete resolveriam? 

E se eu não mais contabilizasse os calos, ou previsse os galos e nem abrandasse as brigas? Não economizasse os bolos, ralasse os cornos, gastasse a vista? Fugiriam pelos balancins as expectativas? Subiriam pela fumaça depois de desfeitas em café nas xícaras?


domingo, 21 de abril de 2013

Expectativa.




Em um dia com mais lâmpadas acesas do que o de costume, só depois de ter alimentado as gatas pela terceira vez naquela tarde é que foi se dar conta da coragem chegando.

As feridas nem eram de verdade e tudo não passava de medo. Medo de se gostar, de se entregar e não ter volta. Afinal, não era pra ser com você.

Ergo a cabeça, recosto na parede, me abrigo no ruído do ar condicionado. Aquelas luzes deixavam tudo em câmera lenta, nenhuma interferência no nosso devaneio. Aquela barba era uma invasão cortês, fazendo eu me apaixonar pelas expectativas.

Eu abro mão desta competição, pois você nunca me percebeu pelo melhor ângulo, nada feito.