Ano passado ganhei do meu pai um relógio digital medonho. Usei "aquilo", claro, pra não melindrar o velho, mas como era de se esperar o acessório durou pouco, por que era de qualidade duvidosa também. Fiquei super triste, juro. Relatei ao meu pai, que prontamente prometeu (ameaçou) comprar outro, um "puma"(eu sei!), modelo idêntico ao que ele (tinha coragem) usava, com uns números gigantes. Por algum motivo ele esqueceu e estou sem relógio até hoje. Numa boa, Amém.
Eu, já beirando os 25 anos de idade, me considerava livre desse tipo de surpresa, afinal acho que ele entendeu que eu posso até comprar minhas roupas sozinho, não? Não. Meu pai acha que ainda tenho 12 anos. Tudo bem que isso não explica o mau gosto ( Ô,dói escrever isso sobre eles)da criatura e dos pais em geral (o que eles pensam quando nos supreendem com esses,esses presentes?), mas é um fator relevante.
Então, ontem, sem mais nem menos meu pai me deu uma camisa. É "a camisa". Ela tem um símbolo imenso da "adidas" (sei!) no peito e umas listras que descem das mangas. Lembra muito o uniforme de goleiro. Olhei praquele senhor e agradeci.
Aí eu entendi. Acho que os nossos pais são tão queridos justamente por isso, só eles conseguem realizar essas façanhas. Eles são únicos, cara.
Agora eu tô marcando uma pelada pro domingo, se alguém se intressar já temos o goleiro.
Criaturas, abraços!!