domingo, 3 de março de 2013

Samson


Ilustração de Galya Zinko


Nos braços fortes, repousa a paisagem dálmata.
Aquele sorriso, de perto, desfaz promessas, adeus orelhas, nuca, nãos. A sua vontade me sufoca, um pretexto na tarde, mas eu não peço socorro.

 Já estamos avisados, reclinamos as nossas poltronas. Somos um desastre.

Eu só queria acordar, acordar pra macarronada de domingo, voltar para os meus passos medrosos.
O vento insistente me desabriga da covardia. 

Agora, delicadamente, eu me desfaço dos nós dos teus cabelos.