quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

"Perto do fogo"




Eu queria acreditar no inevitável encontro dos nossos pés. Acreditar em tudo o que o meu sexto sentido forja, como da vez em que ele me fez pensar que a noite seria linda no teu carro parado no meio da rua com a chuva e todas as tuas músicas ruins.

 Não quero saber do que me falta. Sou Frankenstein e algo está quebrado. Você conta os cobertores e eu gosto das sombras. Evito as janelas.

Agora faz uma tarde linda e é uma pena a gente não morar nesse céu todo rosado, que desce e para os carros.

E afinal, qual seria o meu itinerário?

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Viracopos



Eu fiz um texto sobre os teus dentes tortos. Dentes que também são um poema. Fiz um texto pra falar do dia em que eu estraguei o cacto, na mesma noite em que não comi o bolo. Um texto pra contar do barulho que fica mais alto lá fora só por causa da música nos fones de ouvido. Falar da mágoa que nunca se esgota e de como eu não consigo aplicar a mesma fórmula no amor. Pra dizer que você pode mentir pra me afastar da ansiedade, e pra falar que eu posso fingir que você se importa. Um texto sobre você, pra me fazer companhia.